Mercado de trabalho para o profissional mobile

O profissional de mobile era profissional do futuro; hoje faz parte da realidade

Por Lucas Longo (*)

Uma das maiores referências do empreendedorismo na tecnologia, Bill Gates, afirmou certa vez que nossa era vivencia um período em que o conhecimento passou a ser o principal fator de produção e geração de riquezas. Particularmente, eu concordo com a citação de Gates e ainda arrisco em dizer que não se atualizar tem sido sinônimo de ficar inerte, principalmente para quem atua com mobilidade. O profissional que ousa e busca por especializações só tende a crescer e ganhar espaço no mercado. 

Neste ano, pela primeira vez, a venda de tablets superou a de computadores tradicionais no Brasil. Segundo a IDC Technologies e a Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee), os tablets devem representar quase metade das vendas de itens de informática em 2014. Os smartphones também estão dominando esse mercado. Só em 2013 foram mais de 1 bilhão de unidades comercializadas. 

E, ainda segundo, a IDC, até 2017 o número deve saltar para 1,7 bilhão por ano. Os dados ressaltam a tendência mundial pela busca por quem saiba desenvolver sistemas para essas tecnologias. E é aí que entra o profissional mobile. Além da crescente demanda de mercado, a multidisciplinaridade desse especialista permite que ele atue em variados campos e seja contratado para atuar com diversas tecnologias. Mas, e o que esse profissional precisa saber? Onde exatamente ele pode atuar?

Para ingressar nesse mercado, o profissional mobile precisa conhecer diversos sistemas. Saber trabalhar com o iOS e/ou Android, por exemplo, é obrigatório para quem quer se especializar na área, bem como uma boa base em linguagem de programação C, orientação a objetos, web services e Java. E não para por aí. Por ferramentas serem concebidas em outras línguas, é preciso ter domínio do inglês. É indispensável ao desenvolvedor aprimorar múltiplas habilidades, para ir além de coisas básicas. O segredo é sempre manter a curiosidade em aprender novas habilidades que podem ser usadas no dia a dia.

Obter o conhecimento necessário é o primeiro passo para encontrar uma boa oportunidade no mercado de trabalho, que tem sido bem generoso com esses profissionais. O mundo móvel oferece muitas vagas para programadores que desenvolvem aplicativos. É crescente também o número de organizações que estão buscando profissionais para trabalhar como gerente de projetos, designers e testers

Além disso, existem setores que procuram por especialistas em mobilidade. Um bom exemplo é o número significativo de startups que lucram com a idealização e criação de apps (aplicativos) e impulsionam o crescimento desse mercado. As agências de publicidade também têm absorvido muita mão de obra para a elaboração de aplicativos usados em campanhas. 

O profissional que investir em especialização pode ter certeza que terá um bom retorno. A faixa salarial de um desenvolvedor mobile gira em torno 3,5 a 10 mil reais. Por isso, o que tenho observado ao longo dos últimos anos é que aqueles que investem em aperfeiçoamento na área conseguem seu “lugar ao sol”. A regra também é válida para quem está começando agora. Há diversos cursos técnicos para iniciantes que variam de alguns meses a um ano. Para quem busca recolocação no mercado, há várias opções de cursos, que podem ser presenciais, on-line, de curta ou longa duração. O fato é que não há motivo para o profissional não se atualizar.

Há alguns anos, o especialista mobile era considerado o profissional do futuro. Hoje, ele já faz parte da realidade e é um dos mais requisitados. Acredito que quem buscar especialização e treinamentos terá muito espaço para crescer. O Brasil tem oferecido muitas oportunidades para quem quer seguir carreira nessa área; é só saber abraçar as melhores. E você, já pensou em como pode se tornar um profissional ainda melhor?

(*) Lucas Longo é CEO e fundador do iai? – centro de treinamento e produtora em mobile.

 

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