Cinemateca: Frade relembra grande aventura na juventude ao lado de seu mestre

O Nome da Rosa (Der Name der Rose – Alemanha, Itália, França, 1986)

Filme é recheado de astros e considerado obra preferida de muitas plateias do mundo inteiro. O Nome da Rosa traz em seu elenco nada menos que Sir Sean Connery (frade William de Baskerville), o então jovem de 17 anos, e seu terceiro filme na carreira, Christian Slater (aprendiz de frade Adson de Melk), Ron Perlman (Salvatore), Michael Lonsdale (abade), F. Murray Abraham (Bernardo Gui), Valentina Vargas (aldeã) e vários outros astros.

O filme costuma pregar peças no espectador, mesmo em se tratando de um suspense em que William de Baskerville tenta desvendar a morte de sete monges em sete dias. O tema da obra é a discussão entre as ordens Beneditina e Capuchinha se Jesus Cristo possuía ou não uma bolsa de dinheiro.

A discussão atravessou centenas de anos entre as ordens da Igreja Católica, visto que os beneditinos são de uma ordem rica e influente, enquanto os frades são conhecidos pelo  voto de pobreza. A película retrata um mosteiro na Itália medieval, no ano da graça de 1327, quando a referida Abadia mantém uma biblioteca secreta com obras seculares de ciências, política e comédia, este último um crime capital, já que a Igreja considerava que o simples ato de sorrir era um pecado.

Na ocasião, viajam até a abadia o frade William de Baskerville e seu aprendiz, o jovem Adson de Melk. A estória é contada pelo próprio Adson, já na velhice, que lembra as aventuras e todas as lições de vida e científicas que a própria Igreja Católica proibia na época.

Sob a tutela do seu mestre, Adson descobre os valores da lealdade, da fé e amizade, além dos prazeres da vida que, nesta última questão, seu mestre não poderá lhe ensinar.

O Nome da Rosa tem roteiro assinado por Andrew Birkin, Gérard Brach, Howard Franklin, e Alain Godard, através do romance homônimo do crítico literário italiano Umberto Eco. A direção é de Jean-Jacques Annaud.

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