Copa faz cursos de inglês jogarem no ataque

Brasil possui baixo índice de fluência em inglês e precisará de qualificação

Com a proximidade da Copa do Mundo em 2014, empresas de serviços e comércio estão investindo na qualificação de seus funcionários que precisarão estar aptos para a conversação em inglês, já que estima-se que o Brasil receberá 600 mil turistas estrangeiros até o fim do evento.

Por isso, fez-se necessário que escolas de idiomas de todo o país adaptassem seus cursos para atenderem uma nova classe de alunos, como: auxiliares de limpeza, vigilantes, policiais, taxistas, garçons, vendedores e recepcionistas, para que aprendam o básico para o atendimento.

“Estamos nos preparando para atender esse público diferenciado, que não estuda há muito tempo e já perdeu um pouco o hábito”, apontou Márcia Gherardi, diretora pedagógica do grupo Multi, dono de 10 escolas de idiomas e profissionalizantes como as redes Wizard, Yázigi, Skill, Microlins e People.

Dados do EF English Proficiency Index (EF EPI) de 2012, da escola de idiomas internacional Education First, registrou que o Brasil ficou na 46ª posição do ranking de países com fluência em Inglês, numa lista de 54 nações, ficando atrás de outros países com notas ruins da América Latina, como a Venezuela (40º) e El Salvador (41º).

De acordo com Lavaughn John, diretora de língua inglesa no British Council, ainda há tempo de profissionais se prepararem para atender os turistas estrangeiros.

“O público da Copa não é familiar como dos Jogos Olímpicos, em geral são homens de 40 anos bebendo e se divertindo. A questão do policiamento é bem importante e 99% dos policiais não falam inglês e não têm a iniciativa de procurar um curso. O mais importante para quem vai receber pessoas é a comunicação, entender e responder, que geralmente é o mais difícil”, disse Lavaughn John.

Fonte: Ligia Guimarães (Jornal Valor Econômico de 04/01/2013)

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