Os novos cuidados com o coração feminino

As doenças cardiovasculares já não são exclusividades dos homens

A doença do coração já não é mais uma doença exclusiva dos homens. As mulheres também começam a participar cada vez mais das estatísticas dessa doença.

A jornada dupla, ou até tripla, no caso das mulheres, em especial as professoras que exercem sua profissão na empresa; depois, nas faculdades; e mais tarde, em casa (cuidando dos filhos e do marido), são candidatas em potencial a sofrerem com os problemas cardiovasculares. As pressões por resultados, o fumo e o sedentarismo (em função de pouco tempo disponível) agravam a situação.

Em reportagem intitulada Os novos cuidados com o coração feminino, publicada na Revista do Coração, do HCor (Hospital do Coração) em São Paulo, uma pesquisa recente realizada por essa instituição constatou queda de 12% no número de infartados em 2010 comparado ao ano anterior.

Porém, separando os números por sexo, revelou-se a seguinte situação paradoxal: no sexo masculino, a queda foi de 17%, mas houve aumento de 3,8% no sexo feminino.

Ainda segundo a pesquisa, a faixa etária dos pacientes infartados do sexo masculino está entre 45 a 74 anos, enquanto no sexo feminino, concentra-se entre 60 a 89 anos. A vida moderna, em que predomina o sedentarismo e a alimentação inadequada, aliada às questões genéticas, são fatores determinantes para o aumento do problema.

Para evitar todos esses problemas, nada melhor do que a prevenção. Para facilitar o diagnóstico e a prevenção entre o público feminino, a American Heart Association (AHA), referência mundial em saúde do coração, tem divulgado que as doenças cardiovasculares não são exclusividades dos homens.

"De fato, esse é um dos principais empecilhos a mudanças no estilo de vida. Sem saber, por exemplo, como incluir no dia a dia a atividade física, a pessoa desiste de tentar. Por isso, o ideal é começar com 150 minutos por semana de exercícios moderados, como uma caminhada acelerada, ou seja, cerca de 20 minutos por dia", aconselha o cardiologista do HCor, Dr. Cesar Jardim.

Ainda segundo a reportagem, podem ser incluídos novos fatores de risco tipicamente femininos: lúpus, artrite reumatoide, hipertensão induzida pela gestação, diabetes gestacional e depressão.

Os seguintes indicadores são referências para uma boa saúde cardíaca, segundo a reportagem:

  > colesterol abaixo de 200 mg/dl;

  > pressão sanguínea menor que 120/80 mmHg;

  > glicose menor que 100 mg/dl;

  > índice de massa corpórea abaixo de 25;

  > não fumar;

  > praticar, semanalmente, no mínimo 150 minutos de exercícios moderados ou 75 minutos de exercícios de alta intensidade;

  > cuidar da alimentação, priorizando o consumo de fibras e controlando gorduras saturadas e sódio.


Fonte: Revista do Coração (edição 10/12/2011).

 

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