Motivação e sucesso nos negócios

A crise não seria uma situação "normal" em nossas vidas?

Antônio Carlos Cassarro (*)

Novos tempos, tempos tumultuados, tempos de crise – é o que mais se ouve hoje em dia, mas sejamos sinceros: quem de nós, ao longo de nossas vidas, por um ano que seja, não deixou de ouvir pelos meios de comunicação (mídia impressa e eletrônica) que estávamos em crise.?

Não seria a crise uma situação “normal” em nossas vidas? Afinal, os grandes seres são aqueles que vencem as dificuldades que se antepõem entre eles e os seus objetivos ou, se preferirem, os seus destinos!  Além disso, é fato inquestionável que é nos momentos de crise que a humanidade mais avança em seu processo de desenvolvimento e, nesses momentos é que se originam as maiores fortunas do planeta – que nos digam os Rockfellers com a crise de 1929!.

Então, quais os procedimentos, estratégias e atitudes que levam alguns à vitória, enquanto a grande maioria permanece no “muro das lamentações”? Sem dúvida, aqueles que vencem se caracterizam, principalmente, por:

- terem uma visão de futuro que norteia suas vidas

- a partir dessa visão, serem capazes de desenvolver objetivos específicos

- estudarem, analisarem e aplicarem estratégias capazes de os conduzirem ao atendimento dos objetivos

- amarem aquilo que fazem; amarem a si mesmos e, assim, serem capazes de amar a tudo e a todas, inclusive às adversidades.

 

1 – Visão de Futuro

A vida no planeta, segundo os cientistas, tem mais de 160 milhões de anos.  Ora, que expressão tem, dentro dessa escala, os momentos difíceis que porventura tenhamos que atravessar? São menos que um pingo d’água no oceano! Além disso, aprende-se nos primeiros anos de economia que a história humana, a própria economia, se desenvolve em ciclos. Logo, se estamos numa fase de depressão, com certeza, teremos pela frente uma fase de grande crescimento e, apenas seremos capazes de aproveitá-la se estivermos preparados.

Daí  a importância fundamental de termos uma visão positiva do futuro – Afinal, é no futuro que iremos passar o restante de nossas vidas!  Queremos ser o que?  Uma empresa, um profissional derrotado; uma pessoa enfermiça ou, queremos ser líderes em nosso mercado, profissionais de reconhecida competência; sermos saudáveis?  Compete a cada um de nós, a cada uma de nossas empresas, idealizar o seu próprio futuro! 

Ninguém está impedido de imaginar futuros negativos, para si e para suas empresas, mas, nesse caso, por favor, quando eles se apresentarem, não reclamem, pois, por mais que não queiramos aceitar, sempre acabamos colhendo aquilo que semeamos!

2 – Objetivos

Existindo uma visão, sabendo qual o norte que pretendemos seguir, será mais fácil para cada um de nós, para nossas empresas, definirmos objetivos, etapas a seguir para concretização da nossa visão.

A maioria das pessoas, das empresas, acredita terem objetivos, mas, ao analisarmos junto com seus dirigentes, acabamos por constatar que os objetivos não existem. Quando muito, são meras boas intenções – das quais, como sabemos, os infernos estão lotados!! Assim, algumas empresas crêem ser seus objetivos: reduzir custos; aumentar as vendas; diminuir as perdas na produção, ser mais efetiva no estabelecimento de crédito, ser mais ágil nas cobranças.... etc... Tudo boas intenções, nada mais que isso!

Essas intenções poderão vir a se transformar em objetivos se a elas juntarmos números, índices e parâmetros. Deixamos claro que entendemos por “objetivos” um propósito que queremos atingir (as tais boas intenções!), num determinado tempo e a um determinado custo.  Assim, como exemplos:

- obter uma redução de 15% nos custos gerais da companhia, nos próximos nove meses, a um custo não maior que 10% do benefício gerado;

- obter um acréscimo de 20% nas vendas gerais da empresa, no mercado A, no prazo de 12 meses, a um custo não maior que R$ 150.000,00. 

Observem bem: agora temos o tempo e o custo máximo que podemos/queremos incorrer para atingir o objetivo. Agora podemos avaliar a capacidade dos nossos diretores, gerentes, de todo o nosso pessoal e, com isso, retribuir o esforço de cada um.  E note que esse procedimento cabe tanto na empresa como em nossas próprias vidas!

3 – Estratégias

Muitas pessoas, muitos profissionais pensam que planejar é estabelecer objetivos. Ledo engano!  Os objetivos precedem o planejamento.  Apenas seremos capazes de planejar se soubermos, antecipadamente, para que? – os nossos objetivos! 

Planejar é, portanto, estabelecer as estratégias que iremos adotar para atingir os nossos objetivos; os recursos que serão necessários, momento-a-momento, as fases que deverão ser cumpridas.  Como já nos ensinavam os antigos: “vários caminhos levam até Roma”.  De igual modo, várias estratégias, alternativas, podem ser empregadas pela empresa ou por nós mesmos, em nossa vida particular, de modo a atingirmos um dado objetivo.  No caso de produção: podemos nós mesmos desenvolver e produzir os novos produtos (uma estratégia), como podemos terceirizar essa atividade (outra estratégia); o mesmo ocorrendo com as vendas, com a cobrança, com a entrega, etc. Sempre existirão vários caminhos alternativos que poderemos seguir. Mas, atenção: a escolha da estratégia está na razão direta do TEMPO que dispomos e dos CUSTOS que podemos incorrer para o atendimento dos nossos objetivos.  Aí, pode-se dizer que um objetivo bem definido já está 50% alcançado!

4 – Motivação

A própria palavra já diz tudo: MOTIVO + AÇÃO = MOTIVAÇÃO.  Ou seja, motivação é ter-se um motivo para agir. E, o motivo maior que é capaz de nos mover a agir é o atendimento dos nossos objetivos, segundo as estratégias que definimos!   

Que uma coisa fique bem clara: sem ação, nunca haverá realização.  As pessoas de real sucesso, em qualquer lugar do mundo, trabalham com perseverança, pelo menos doze horas por dia, de modo a concretizar os seus objetivos.   Há muito tempo, mas há muito tempo mesmo, que o Manah não cai do céu!  Temos que lutar, que trabalhar, que perseverar e, para isso, é fundamental que amemos o que fazemos, que sejamos capazes de cumprir nossas atividades com bom ânimo, com entusiasmo.

Nós somos influenciados pelas demais pessoas e somos capazes de influenciá-las.  Assim, se nosso agir é pleno de negatividades, espalhamos negatividade, mau humor, desânimo, por todos os locais por onde passarmos.  Mas, se nosso viver é pleno de alegria, de gosto pela vida, de amor por nós mesmos e pelas demais pessoas, também teremos a alegria de contagiar positivamente as demais pessoas, tornando nosso ambiente de trabalho, nossas vidas dignas de serem vividas.

Caros amigos, Sucesso! Ótimas realizações!  Saúde e felicidades!

(*) Antônio Carlos Cassarro é professor mestre universitário em cursos de graduação, pós e MBAs. É Conselheiro do CRA-SP.  

 

 

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