Especialista observa que a faixa etária consumidora no Brasil é acima dos 30 anos
É cada vez maior o número de adeptos do livro digital no Brasil, principalmente com a publicação de best sellers, como 50 Tons de Cinza ou As Crônicas de Gelo e Fogo nas plataformas tecnológicas.
As editoras brasileiras já disponibilizam muitas de suas obras para o universo digital. Com a presença maciça da Amazon neste meio, a probabilidade é que haja mudanças no perfil do consumidor e no estilo de consumo, com o crescimento de gêneros, como ficção científica e mistério, e uma maior oferta de grandes reportagens e ensaios, por exemplo.
“Estamos efetivamente à beira do ponto de inflexão do consumo do livro digital no Brasil. Agora ele vai começar a representar uma parcela significativa do mercado”, afirmou Roberto Feith, diretor-geral da Objetiva e presidente do conselho da Distribuidora de Livros Digitais (DLD), que representa as editoras Record, Objetiva, Sextante, Rocco, Planeta, LPM, Novo Conceito e da canadense Harlequin.
Ainda de acordo com Roberto Feith, o Brasil pode seguir a tendência de outras nações em que aparelhos como o Kindle e Nook são mais populares, o mercado poderá notar o aumento de alguns segmentos, como a ficção científica, significando uma possível alteração no perfil do leitor.
“O dispositivo de leitura mais comum até agora no Brasil é o iPad. É um produto relativamente caro (o de terceira geração custa a partir de R$ 1.549 no país) e, por isso, o consumidor do livro digital tende a ser de uma faixa etária mais alta, acima de 30 anos”, avaliou.
Fonte: Amarílis Lage (Jornal Valor Econômico – 28.11.2012)
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