Professor vê meios de potencializar o aprendizado com o uso de aparelhos eletrônicos.
Com o avanço da tecnologia e o aumento de sua função na educação, cada vez mais escolas públicas e privadas vêm adotando o uso de aparelhos eletrônicos em sala de aula, e não só no ensino médio, mas também no ensino superior.
Por outro lado, muitos docentes e diretorias de ensino consideram essa prática prejudicial à disciplina em sala de aula. Isso porque, segundo os críticos, os alunos utilizam celulares, tablets ou smartphones no momento em que os professores estão ministrando suas aulas.
Para o professor Manolo Perez Vilches, doutor em Educação pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), é preciso que haja uma reflexão sobre o uso de aparelhos eletrônicos e que há meios de utilizá-los em benefício do aprendizado. “O uso de smartphones, tablets e computadores em sala de aula instaura uma certa anarquia quando o processo é visto do ponto de vista de uma educação disciplinar. Esse não é o caso, quando implementamos um projeto pedagógico interdisciplinar”, disse.
De acordo com o professor, a incapacidade de lidar com o novo causa um choque do contemporâneo. Citou o exemplo de há 40 anos, quando as instituições de ensino proibiram o uso das calculadoras em sala de aula.
Em pesquisa realizada pelo Grupo de Estudos e Pesquisas em Interdisciplinaridade (GEPI) descobriu-se que em muitos casos, o aluno está mais “antenado” que os professores no uso de novas tecnologias. Isso acaba resultando num desconforto aos docentes que não aceitam demonstrar falhas ou desconhecimento.
O professor Manolo Perez defende que existe a necessidade de se aprender o novo, já que a geração atual torna tudo obsoleto mais rapidamente. “A velocidade com que se conseguem informações, imagens e vídeos sobre quase todos os assuntos, fazendo uso dos novos equipamentos de uso diário como celulares, note ou netbooks, tablets etc. deve ser encarada como uma vantagem didática”, encerrou.
Fonte: Assessoria de Imprensa da Ação e Comunicação Assessoria