Canto da Chuva (xiii): professor inspira desejo de voltar a aprender de seu aluno

Diga aos alunos que você vai tomar um café, mas que volta já

A edição do Canto da Chuva desta semana traz a estória de um professor que inspira seu aluno a voltar a aprender e ter alegria na vida; uma jornalista que desvenda a tragédia de uma família judia desterrada pelo governo francês, na época da ocupação, na II Grande Guerra; dica de um livro sobre gestão de processos com a tecnologia digital; uma música do cantor francês Manu Chao e interpretada por Rebeca Matta; e uma piada para descontrair seu dia.

CLAQUETE: Como Estrelas na Terra (Taare Zameen Par – Índia, 2007)

Ishaan Awasthi (Darsheel Safary) é um garoto de nove anos, que sofre de dislexia, e com muitos problemas de aprendizado na escola. Por conta da doença, é sério candidato a repetir pela segunda vez o terceiro período (do sistema educacional indiano). Os sintomas da dislexia fazem as letras “dançarem” à sua frente, como ele mesmo diz, além de o garoto não conseguir se concentrar nas aulas. Ignorando o problema, por considerar preguiçoso e sem disciplina, o pai de Ishaan o trata com severidade e de forma grosseira. A escola chama a família do garoto para uma reunião e sugere a transferência do menino para uma escola em regime de internato. O pai acata a ideia e manda o filho para a instituição, sem dar ouvidos aos protestos da esposa. Com saudades da mãe e do irmão mais velho, e ainda sendo tratado com rispidez na nova escola, Ishaan entra em depressão e cada vez mais perde a vontade de aprender. No entanto, entra na instituição um novo professor de artes, Ram Nikumbh, que imediatamente identifica o problema no seu aluno. A partir daí, começa a luta do docente para quebrar as barreiras que fizeram Ishaan ficar preso em seu mundo por tanto tempo, e fazer com que o garoto volte a ter o gosto pelo aprendizado. Como Estrelas na Terra ganhou vários prêmios na Índia, e marcou a estreia em direção do ator Aamir Khan, que também interpretou o professor. O roteiro é assinado por Amole Gupte.

EM CARTAZ: A Chave de Sarah (Elle s'appelait Sarah – França, 2011)

Trama baseada no best seller de Tatiana De Rosnay, que conta a estória da jornalista americana Julia Jarmond (Kristin Scott Thomas, de O Garoto de Liverpool e Há Tanto Tempo que Te Amo), que reside na França e é encarregada de cobrir o 60º aniversário do Vel dHiv. Durante a investigação dos fatos para a sua matéria, a jornalista dá-se conta de que o apartamento para o qual ela e o marido desejam se mudar pertenceu aos Starzynski, uma família judia que fora expulsa pelo governo francês na época da ocupação nazista, na II Guerra Mundial. Por conta disso, Jarmond decide conhecer a história dos antigos moradores, até encontrar Sarah Starzynski, única sobrevivente da família no holocausto. Na infância, Sarah conseguiu salvar o irmão mais novo, mantendo-o trancado em um armário, no momento da desocupação dos judeus. O amor pelo seu irmão fez Sarah jurar que apareceria mais tarde para levá-lo dali, mesmo com o medo que sentiu ao ver sua família ser desterrada. Ao abrir o baú de suas memórias, Sarah vai narrando a Julia sobre aqueles fatídicos dias e qual destino final do irmão que ficou à sua espera. A Chave de Sarah tem roteiro de Serge Joncour, Gilles Paquet-Brenner, que também assina a direção. Veja onde o filme vai passar na sua região, no site Guia da Semana.

PAPIRO: A dica de livros desta semana é Gestão de Processos: melhores resultados e excelência organizacional (Editora Atlas, 200 p.). O advento de novas tecnologias somado às novas exigências de mercado trouxe muitas alternativas para a busca da excelência em todos os níveis organizacionais. O surgimento de tecnologias como internet, e-mails, MSN, Skype e equivalentes tornou num certo sentido dispensáveis os contatos visuais entre as pessoas, provocando nova velocidade e nova lógica no relacionamento humano. Diante dessa nova realidade, onde todos têm de dar uma nova dinâmica à organização para alcançar a excelência, a gestão de processos é uma proposta bastante coerente, principalmente quando a expressão presença de mercado requer aplicação da forma mais ampla possível.

UM MOMENTO DE CULTURA: Mentira

É mentira tudo que se diz

É mentira tudo que se dá

Mentira é o que a gente faz

Mentira é o que há

 

Mentira, a mentira

A mentira, que verdade

Mentira é o que cresce

Pelos cantos da cidade

 

Tudo é mentira

Nesse mundo

Tudo é mentira

Na verdade

Tudo é mentira

É o que digo

Tudo é mentira

Por que será?

Por que será?

 

Há mentira no amor

Quanta mentira no sabor

A mentira, a que manda

A mentira é quem comanda

A mentira é como a tristeza

Quando começa, nunca se vai

 

A mentira não se esquece

A mentira não se apaga

A mentira é como a tristeza

Quando começa, nunca se vai

 

Mentira, a mentira

A mentira, que verdade

Mentira é o que cresce

Pelos cantos da cidade

 

Tudo é mentira

Nesse mundo

Tudo é mentira

Na verdade

Tudo é mentira

É o que digo

Tudo é mentira

Por que será?

Por que será?

 

A(há) mentira nos teus olhos

A(há) mentira em tua boca

A(há) mentira no fundo do teu coração

Música do cantor e compositor francês Manu Chao, interpretada pela cantora e compositora baiana Rebeca Matta, do disco Garotas Boas vão pro Céu, Garotas Más vão pra Qualquer Lugar. A dica do Professornews é acompanhar a letra enquanto escuta as duas versões da canção no Youtube.

PIADAS E ANEDOTAS:

O professor de Química chamou uma das alunas e fez a seguinte pergunta:

- Amélia, qual é o elemento que tem a fórmula H2SO4?

A menina coçou a cabeça, andou para um lado e para o outro, fez careta e disse:

- Ai, professor... Eu juro que sei, tá na ponta da língua!

Ao que o professor diz em tom irônico:

- Então cospe logo que isso é ácido sulfúrico!

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