Dicas sobre a Indonésia - Parte II

Mais informações sobre a cultura indonésia e dicas úteis para a viagem

Maria Helena Magalhães Afonso (*)

maria helena afonso professoraRecebi algumas mensagens comentando sobre a primeira parte deste artigo e fiquei muito feliz com a curiosidade de algumas pessoas que nunca haviam pensando em ler algo sobre esse grande arquipélago que possui 17.508 ilhas, sendo que aproximadamente 6.000 são habitadas.

Na realidade, os surfistas do mundo todo conhecem bem a Indonésia e a curtem frequentemente por causa dos campeonatos mundiais, ou somente para sentirem a emoção de suas gigantescas ondas.

Entre as mensagens, uma amiga querida, chamou a minha atenção para o fato de que eu não havia falado sobre a Ilha de Sumatra, a maior da Indonésia. Percebi que ela tinha razão e eu não tinha citado nada sobre a mesma. Corrijo e passo algumas informações sobre essa famosa ilha, formada por trilhas na floresta e praias ótimas para férias. Além de ser enorme, ela é realmente diversificada, tendo mais de 50 línguas tribais. Sua população chega ao redor de 45 milhões de pessoas.

Vamos continuar dando uma volta pela Indonésia para saber mais sobre seus costumes e curiosidades. As empresas que mantêm contatos com essa nação, pessoas que pretendem ir a passeio ou quem vai a negócios, podem usar essas informações para montar um pequeno manual de relacionamento.

Em virtude de o país ser de maioria mulçumana, não se deve beber, comer ou fumar na frente de um mulçumano durante o Ramadã. Abro um parêntesis aqui para falar brevemente sobre o Ramadã.

Para os muçulmanos, o Ramadã é um mês de bênção, que inclui oração, jejum e caridade. O significado do Ramadã retrocede há muitos séculos, há cerca de 610 d.C. Era nesse período, durante o nono mês do calendário lunar, que os muçulmanos acreditavam que Deus, ou Alá, revelaria os primeiros versos do Alcorão, o livro sagrado do islamismo.

De acordo com o islamismo, um comerciante chamado Maomé estava andando em um deserto perto de Meca. Isso aconteceu onde atualmente localiza-se a Arábia Saudita. Certa noite, uma voz vinda do céu o chamou. Foi a voz do anjo Gabriel que falou que Maomé tinha sido escolhido para receber a palavra de Alá. Nos dias posteriores, Maomé começou a falar os versos que seriam transcritos, compondo o Alcorão.

Em muitas mesquitas, durante o Ramadã, os versos do Alcorão são recitados todas as noites. Os oradores são conhecidos como tarawih. No final do Ramadã, a escritura completa é recitada. Ramadã é o período no qual os muçulmanos podem se interligar aos ensinamentos do Alcorão.O Ramadã de 2013 (ou 1434, segundo o calendário islâmico) foi celebrado de 9 de Julho a 7 de Agosto.

Volto a seguir com mais dicas práticas:

Alimentação

- Alimento principal: o arroz. Comem também muito peixe, carne de vaca e búfalo.

- Mulçumanos não comem carne de porco e nem bebem álcool.

- Para chamar alguém, estenda o braço com a palma da mão para baixo, e depois faça um movimento como se estivesse coçando na sua direção.

- Para apontar, os indonésios esticam o polegar em vez do indicador.

- Os dedos podem ser usados para comer, mas também são usados talheres. Quando estiver na mesa de jantar, mantenha as duas mãos na mesa. Evite palitar os dentes  em público.

- Restaurantes são cheios. É normal as pessoas pedirem para dividir a sua mesa.

- Para chamar o garçom, simplesmente, levante a mão. Para pedir a conta, faça sinal de que está escrevendo.

- Conversação durante almoço ou jantar pode ser esparsa, pois é comum se concentrarem na comida.

- Deixe um pouco de comida no prato, pois se o limpar significa que gostaria de comer mais.

Valores culturais:

- A família é a unidade básica e a primeira a receber lealdade.

- Poligamia é rara, mas permitida.

Para continuar lendo as dicas, acesse este link.

 

(*) Maria Helena Magalhães Afonso é mestre em Comunicação, com pós-graduação em Sucesso Empresarial e Marketing Internacional e cursos de extensão em Marketing e Comércio Exterior na FGV. Coach certificada pela Integrated Coaching Institute. Diversos cursos no exterior sobre temas internacionais e interculturais. Palestrante internacional, professora de pós-graduação da Universidade Mackenzie e diretora da DBI Foreign Trade.

 

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