PM faz reintegração de posse na USP

Cerca de 70 manifestantes são detidos e polícia estipula R$ 545,00 de fiança

Terminou na última terça-feira (8) a ocupação do prédio da reitoria pelos estudantes da Universidade de São Paulo (USP). A Polícia Militar começou a ação de reintegração de posse às 5 horas da manhã, pegando os estudantes de surpresa. A operação contou com um efetivo de 400 policiais das tropas de Choque e Cavalaria, 50 viaturas e dois helicópteros.

Entre os 60 estudantes que ocupavam o edifício e outros que protestavam contra a ação policial, 73 foram encaminhados à 91ª DP, na Vila Leopoldina, zona oeste da capital paulista. Mesmo assim, não houve confronto direto entre os agentes e alunos. “Não houve resistência; eles foram pegos de surpresa”, disse a coronel da PM, Maria Yamamoto, à Rádio CBN.

Ao entrarem no prédio, os policias averiguaram que houve depredação do patrimônio da universidade, paredes pichadas, além de vasilhames e garrafas de cerveja e outras bebidas nos cantos das salas. Em locais que os estudantes usaram como dormitório, a PM encontrou mochilas, roupas e objetos de higiene pessoal.

Em entrevista ao Jornal do Campus – que pertence à USP e é feito por estudantes de comunicação – uma das manifestantes, que não quis ser identificada, falou sobre os rabiscos nas paredes. “Nós não pichamos ou grafitamos as paredes por vandalismo. Pelo contrário. É a identidade artística do movimento, que representa unidade”, disse.

Pela manhã, a Polícia Civil tinha estipulado R$ 1.050,00 de fiança para cada detido. Mas, de tarde, baixou o valor para R$ 545,00, por entender que muitos alunos não teriam condições de pagar. “Por se tratar de estudantes, analisamos prós e contras e decidimos pela redução do valor. Alguns teriam de se sacrificar para pagar (a fiança)”, informou Edvaldo Faria, coordenador da central de flagrantes da Terceira Delegacia da Seccional Oeste.

Por decisão do governo e diretoria da USP, o convênio da universidade com a Polícia Militar de patrulha e segurança do campus vai ser mantido. Leia mais em matérias anteriores publicadas no Professornews.

Fonte: UOL

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