Professores da USP vão pedir a Alckmin para tirar PM do campus

Estudantes culpam a PM de agressão e depredação da reitoria

Mesmo após a reintegração do prédio da reitoria da Universidade de São Paulo (USP) pela Polícia Militar na última terça-feira (8), o imbróglio sobre a presença da PM no campus continua. Desta vez é a classe docente da universidade que deseja a saída da polícia da Cidade Universitária.

Os professores, que além de realizarem protestos, pleiteiam uma reunião com o governador Geraldo Alckmin (PSDB) para sugerir o fim do convênio assinado em setembro, de a polícia fazer a segurança da USP. “É possível construir uma proposta para a segurança no campus que não envolva a presença cotidiana da polícia”, declarou a presidenta da Associação dos Docentes da USP (Adusp), professora Heloisa Borsari.

Dentre as reivindicações dos professores estão a apuração pela Corregedoria da PM de denúncias dos estudantes que ocupavam a reitoria, sobre abusos e uso excessivo de força por parte da Tropa de Choque.

Na assembleia de estudantes e professores realizada na última quarta-feira (9), os estudantes Gabriel, de História, e Daniel Bezerra, de Comunicação Social, contaram que uma estudante de Letras, chamada Rose, foi agredida ao gritar. A garota teria sido levada a uma sala escura e sua boca tapada com um pedaço de pano.

“Fui obrigado a apagar dois vídeos que registraram os gritos dela”, relatou Daniel, que faz documentários na USP e filmava a ação da polícia. Além disso, os estudantes responsabilizam a PM de ter destruído o patrimônio da USP. “Eles chegaram quebrando tudo para criminalizar a gente e deram algumas 'porradas'. Estávamos dormindo. A única coisa que a gente fez foi sair correndo por uma rota de fuga”, disse Gabriel.

Fonte: Felipe Frazão Estadão.com.br

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