Por uma nova engenharia

O professor e coordenador Sérgio Mascarenhas, do Instituto de Estudos Avançados (IEA) de São Carlos, da Universidade de São Paulo (USP), crê que o Brasil está em desvantagem em relação a outros países na área de conhecimento chamada “sistemas complexos”.

Segundo o professor, essa área é tão importante quanto à da nanotecnologia e das terapias com células-tronco. Ainda de acordo com Mascarenhas, o país deve investir na criação de engenharia de sistemas que interagem entre si e que são de alta complexidade, como é a categoria dos sistemas complexos. Se não, poderá perder espaço para os Estados Unidos, que lideram nos estudos dessa nova área que abrange física, química, biologia, educação e economia, entre outras especialidades.

O IEA de São Carlos foi inaugurado em 2008 pelo professor Mascarenhas, juntamente com o professor do Instituto de Química da USP de São Carlos, Hamilton Brandão Varela de Albuquerque, além da professora do Instituto de Física, Yvonne Primerano Mascarenhas. O IEA nasceu com o objetivo de estudar os sistemas complexos e desenvolvê-los no campo da pesquisa no resto do Brasil.

A meta do professor Mascarenhas é criar no país um programa de pós-graduação em engenharia de sistemas complexos para avançar nos estudos dessa área. “A ideia seria criar um programa de pós-graduação em engenharia de sistemas para formar professores e pesquisadores nessa área. Não existe engenharia de sistemas complexos no Brasil e não há pesquisadores no país nessas áreas nem em faculdades tradicionais, como a Escola Politécnica da USP e as Faculdades de Engenharia da USP de São Carlos e da UFSCar. O que já existe no Brasil é engenharia de sistemas, mas não uma engenharia de sistemas que interagem entre si e que são de alta complexidade”, explicou o professor Sérgio Mascarenhas.

Fonte: Elton Alisson (Agência Fapesp)

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