Educação profissional é pouco atraente, aponta pesquisa

Dados registram falta de interesse do jovem em estudar

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) realizou uma pesquisa sobre a educação profissional, um dos principais projetos da presidente Dilma Rousseff, e descobriu que os resultados não são animadores.

Cerca de 77,5% das pessoas consultadas nunca frequentou cursos profissionalizantes, seja de nível básico, médio ou tecnológico. Segundo a CNI, o motivo principal é a falta de interesse. Os dados mostram que, entre 2004 e 2010, aumentou em 77% o número de pessoas com cursos profissionalizantes. Mas ainda é um percentual baixo, já que apenas 23% dos jovens tiveram algum tipo de formação, com exceção do ensino superior.

"O grande problema é a falta de interesse. Talvez falte conhecimento por parte dos jovens. Hoje, quem faz um ensino médio profissionalizante tem um ganho salarial 14% maior do que quem fez apenas o ensino médio regular. Um jovem com uma graduação tecnológica de três anos recebe 24% mais do que alguém com três anos de bacharelado", sentenciou o economista da Fundação Getúlio Vargas, Marcelo Néri, responsável pela pesquisa.

Ainda de acordo com a pesquisa, não é só a falta de interesse que desestimula o jovem, mas também a fata de recursos, mais agravantes nas classes D e E. "Nesses casos, uma bolsa do tipo ProUni (Universidade para Todos) pode ajudar. Mas o que a pesquisa mostra é que é preciso conquistar o jovem", disse Nery.

Fonte: UOL

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