Cremesp critica decisão do MEC de autorizar três cursos

Presidente do Conselho de Medicina credita pressão das particulares na decisão

A decisão do Ministério da Educação (MEC) de cortar 514 vagas de 16 cursos de Medicina de instituições de ensino superior do Estado de São Paulo causou indignação por parte do Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp). Além disso, o MEC também aprovou a criação de outras 220 vagas para três novos cursos de Medicina no Estado: Franca, Barretos e São Paulo, como foi publicado no Diário Oficial da União no último dia 18.

De acordo com o presidente do Cremesp, Renato Azevedo, o motivo que levou o MEC a aprovar as 220 vagas foi a pressão exercida por instituições de ensino particular, além de motivos políticos. “O MEC cedeu ao lobby das faculdades particulares para abrir esses cursos novos – sobre o pedido de abertura de vagas – tinha sido negada no passado, mas vem aí um ano eleitoral", disparou.

Segundo o presidente, não há razões coerentes na decisão do ministério em cortar vagas e criar outras. “O MEC anunciou com uma mão e tirou com a outra. Não há justificativa técnica ou social (referindo-se à abertura de novas vagas). Tem escola por aí cobrando quase R$ 6 mil de mensalidade, sem ter hospital-escola e sem professores qualificados. Isso resulta formação de má qualidade, como mostrado pela nossa prova” disse.

Mas em nota do secretário de Regulação e Supervisão do Ensino Superior do MEC, Luis Massonetto, que assina as autorizações publicadas no Diário Oficial, o órgão agiu corretamente.

“As decisões do Ministério da Educação são baseadas nas avaliações realizadas na forma da legislação. Todos os cursos autorizados pelo MEC obtiveram nota máxima (5) na avaliação do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) e parecer favorável do Conselho Nacional de Saúde (CNS)”, argumentou.

Fonte: Cedê Silva (Estadão.com.br)

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