Órgão responde questionamento recheado de erros de Português
Depois de protagonizar situações polêmicas, o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) foi assunto para mais um capítulo. Ao inscrever-se na seleção de 2011, apenas para levar o caderno de questões, a professora de Física, Mônica Nunes, que leciona num cursinho em Campinas (SP), deixou a prova em branco, mas tirou notas maiores que as mínimas apresentadas no exame.
Ao indagar o fato ao Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), a docente recebeu uma resposta repleta de erros de Português. Mônica contou que resolveu apenas a prova de Física, mas não passou as respostas para o gabarito, assim como das outras disciplinas. A professora apenas assinou a página de respostas e repetiu a frase de segurança. Por curiosidade, resolveu consultar sua colocação no exame, e surpreendeu-se ao constatar que recebera apenas uma nota zero, em redação.
“Imaginei que fosse encontrar um monte de zero. Um professor de Matemática, que é meu namorado, preencheu matemática direitinho. Ele tinha chutado todo o resto da prova. Mesmo com os chutes, havia tido uma nota razoável”, explicou. Por norma da Teoria de Resposta ao Item (TRI), a nota zero não pode ser dada nos exames objetivos, excetuando-se redação. E quando obteve a resposta do Inep, esta veio com erros de concordância e acentuação (confira abaixo).
“Foi divulgado uma nota técnica no portal do inep explicando o TRI, assim como tambem foram divulgadas as notas máximas e minimas para cada matéria, sendo que ninguém ficará abaixo do minimo disponibilizado como também não ficará acima da máxima disponibilizada. Atenciosamente, MEC/INEP.”
Em seguida, Mônica voltou a entrar em contato com o Inep sobre o caso, mas o órgão respondeu como funciona o TRI, sem, no entanto, esclarecer como ela obteve notas superiores às mínimas. Em relação aos erros de Português, o Inep informou que não se pronunciará.
Fonte: Rafael Targino (UOL)