Professores vão ao Senado pedir suspensão da reforma ortográfica

Outros países desejam rever as mudanças que estão em vigor desde 2009

Os professores de Língua Portuguesa, Pasquale Cipro Neto e Ernani Pimentel, estiveram presentes no Senado, na última quarta-feira (4) para soliciar a suspensão da última mudança gramatical de nosso idioma.

As mudanças fazem parte de um acordo firmado em 1990 entre os países de língua portuguesa: Angola, Moçambique, Cabo Verde, Guiné-Bissau, São Tomé e Príncipe, Timor Leste, Brasil e Portugal. A reforma foi implantada no Brasil em 2009, e está no período de transição, que deve durar até o final deste ano.

Segundo os professores, a reforma é de difícil compreensão e “ilógico”. Além disso, alegam que há divergências entre o que dizem as novas regras e o que está disposto no Vocabulário Ortográfico da Língua Portuguesa (VOLP), organizado pela Academia Brasileira de Letras (ABL), como manual da grafia das palavras.

Os professores pedem que a adoção obrigatória do acordo no Brasil em janeiro de 2013 seja adiada, para ganhar tempo para abordar alterações no conteúdo, juntamente com as demais nações de língua portuguesa.

"Como nós vamos costurar todo o imbróglio decorrente da adoção estapafúrdia dessa reforma ortográfica?", indagou Pasquale Cipro Neto. Em defesa da suspensão, os professores citaram a impopularidade da reforma em Portugal, que, só recentemente sancionou a lei.

Moçambique e Angola ainda não aderiram à reforma. Em 2015, encerrará o prazo em Portugal para a acomodação das novas regras, mas Pasquale afirma que até eles ambicionam reavaliar o novo acordo.

Fonte: Nádia Guerlenda (Folha.com)

Comentários   

0 # Alvaro da Cunha Caldeira 12-04-2012 21:07
Nada mais oportuno que afastar das regras da língua portuguesa esta reforma, boçal, grotesca e inútil.
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