Na última terça-feira (30), o Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Espírito Santo (Sindiupes) divulgou uma estatística alarmante: 700 professores da rede pública municipal estão afastados por licença médica, até agosto deste ano.
Hoje, o quadro docente da capital Vitória gira em torno de 4 mil profissionais. De acordo com o Sindiupes, todos os casos são oriundos de problemas psiquiátricos, sendo 356 por depressão, 187 por transtornos de ansiedade, 41 por transtornos bipolares e 72 por estresse. “Hoje os professores estão doentes devido à excessiva carga horária de trabalho, o grande número de alunos que prejudica a organização, o pouco tempo que há para se deslocar entre uma escola e outra, inclusive, que impede muitas vezes que o professor almoce, o que, consequentemente, acarreta um caos na saúde do profissional”, avaliou Rafael Ângelo Brizotto, diretor do Sindiupes. Outra questão apontada pelo sindicato tem a ver com a violência, pois em cerca de 50% dos casos, o motivo que leva o professor a pedir o afastamento é o medo de serem vítimas de agressão por parte de estudantes com 12 e 13 anos, além do baixo valor de seus vencimentos.
Fonte: UOL