Professora é punida após falar sobre bebedeira na internet

Caso ficará registrado na ficha profissional da docente

A professora Elizabeth Scarlett, de 50 anos, de uma escola primária da Grã-Bretanha, foi punida pelo Conselho Geral de Professores do País de Gales, após postar comentários no seu Facebook sobre erotismo e festas regadas a bebidas alcoólicas. O caso repercutiu depois que seus alunos (entre 11 e 17 anos) e ex-alunos acessaram a sua página eletrônica. De acordo com Louise Price, uma das investigadoras, as mensagens polêmicas eram endereçadas diretamente para seus alunos.

"Ela disse que era 100% safada e que era festeira. Ela usou o Facebook para discutir livremente quais eram seus alunos favoritos; ela falava dos melhores sites para comprar brinquedos eróticos; falava de preferências sexuais e trocava mensagens sobre bebidas com um menor de 11 anos", informou Price.

"Você deveria aparecer para me ver ou, ainda melhor, podemos sair para beber ou dançar. Sou uma pessoa muito diferente fora da escola, gosto de festa - a vida é para ser vivida. Não sou professora aqui. Sou igual a todo mundo, eu bebo, falo palavrão... mas não conte para ninguém", teria escrito a professora no site para um ex-aluno.

Desde a acusação, Elizabeth Scarlett parou de dar aulas na escola em que trabalha e não compareceu ao julgamento que tratou de seu caso. A docente defendeu-se das acusações de ter feito comentários com teor sexual, alegando que sua página pessoal fora invadida pelo ex-companheiro. Como o Conselho não conseguiu provas de quem as teriam feito, decidiu então acusá-la pelos outros comentários. A punição de Scarlett vai ficar registrada em sua ficha profissional e será acessível para seus futuros empregadores.

"Achei muito viciante. Estava me consolando depois de romper com meu companheiro e as visitas diárias ao Facebook eram uma boa distração. Até onde eu sabia, tinha um perfil no Facebook com a configuração mais fechada possível, não percebi que todo mundo podia ver meus comentários", disse a professora.

Após o acontecimento, Hadyn Blackey, da Universidade de Glamorgan, informou que é comum as pessoas perderem o senso quando abusam do uso de redes sociais. O especialista atua com orientação tecnológica para escolas e alunos e aconselhou que docentes tenham contas separadas em redes sociais.

Fonte: UOL

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