Escolas americanas querem alunos brasileiros

Crise mundial leva instituições a disputarem mercado internacional.

Devido à crise econômica global, as escolas de negócios nos Estados Unidos que vêm perdendo interesse de estudantes europeus e americanos estão investindo em mercados que antes não eram considerados. O Brasil está sendo uma das prioridades dessas essas escolas, que, cada vez mais intensificam seus programas no país em busca de possíveis candidatos.

Um exemplo disso foi que nos últimos dois meses, seis escolas de alto grau de excelência norte-americanas de MBA estiveram em São Paulo para oferecer seus cursos. Uma delas foi a Wharton School, que vem ao Brasil anualmente, e trará sua comissão de admissões este ano para entrevistar candidatos. "A inclusão de São Paulo é um reflexo do forte interesse de Wharton pelos brasileiros", explicou Kathryn Bezella, diretora associada sênior de admissões.

Outra instituição é a Harvard Business School, que começou suas entrevistas presenciais no Brasil há dois anos. "Dentre as 70 nacionalidades que compõem nosso quadro, os brasileiros estão entre os 'top 10'", disse Deirdre Leopold, diretora de admissões do MBA da escola.

Outra causa das escolas americanas buscarem mercado estudantil em países emergentes deve-se também à procura de estudantes por outras instituições valorizadas em outros cantos do mundo. "Uma das razões disso é que bons programas de educação executiva em diferentes regiões do mundo estão despontando e ganhando reconhecimento nos rankings globais", definiu Alex Chisholm, gerente sênior de análise estatística do GMAC.

Mesmo assim, as escolas americanas permanecem na liderança da procura pelos estudantes internacionais, mas não com a hegemonia de outros anos. Cerca de 74% dos latino-americanos tentaram MBAs nos EUA em 2010, ao contrário de 78% em 2006 e 84% em 2000.

Fonte: Vívian Soares (jornal Valor Econômico – 28/10/2011)

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