Premiê português sugere que professores desempregados deixem o país

Político sugere como destinos dos docentes a Angola e o Brasil

O conservador Pedro Passos Coelho, primeiro-ministro de Portugal, aconselhou, como medida paliativa aos professores desempregados de seu país, que emigrassem para nações lusófonas. O primeiro-ministro ainda acrescentou que os profissionais deveriam procurar as ex-colônias Angola e Brasil, devido às suas “necessidades” educacionais.

Em entrevista ao jornal Correio da Manhã, domingo (18), Pedro Passos Coelho, líder do Partido Social-Democrata (PSD) foi perguntado se os professores portugueses deveriam procurar outros países em busca de emprego. Como resposta, o premiê citou a Angola, “E não só. O Brasil tem também uma grande necessidade ao nível do ensino básico e secundário”, argumentou.

O premiê citou Angola porque considera o país com necessidade de obter mão-de-obra portuguesa em áreas da tecnologia de informação e nos campos da saúde, educação, meio ambiente e comunicações.

“Sabemos que há muitos professores em Portugal que não têm ocupação a esta altura. O próprio sistema privado não consegue ter oferta para todos. Estamos com uma demografia decrescente, como todos sabem. Portanto, nos próximos anos, haverá muita gente em Portugal que, das duas uma: ou consegue se formar como professor e ao mesmo tempo estar disponível para outras áreas, ou, querendo manter-se como professores, podem olhar para todo o mercado da língua portuguesa e encontrar aí uma alternativa”, disse, sem, no entanto, sugerir uma solução.

De acordo com o Relatório do Desenvolvimento Humano de 2011, Portugal é uma das nações europeias com menor nível de escolarização da população. O país lusitano apresenta uma escolarização média de 7,7 anos, para população com mais de 25 anos. Já Grécia e Itália, também afetados pela crise no Velho Continente, o índice chega a 10,1 anos. Na Espanha, é de 10,4 e, na Alemanha, de 12,2 anos.

Fonte: Opera Mundi

Comentários   

0 # mcfs Ferreira 13-01-2012 17:22
Pessima noticia. Exigimos mais respeito. Isto e bom para os politicos avaliarem o que ocorre com nosso sistema educacional. Servimos até de piadinhas para portugueses.

MCFS. Ferreira
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